É envolto em emoção e alegria que o recebo neste, também seu, espaço de opinião.
Aqui não se faz política. Não se põe em causa o bom-nome de personalidades e ou instituições.
Este espaço reveste-se apenas da importância para a publicação de opiniões construtivas acerca do desenvolvimento desportivo na região, com incidência em Marco de Canaveses.
Disponha!

terça-feira, 26 de julho de 2011

FUTSAL NA LIMFA

Emanuel Moreira, vice-presidente da LIMFA para o futsal, faz um balanço de três anos de trabalho na implementação do futsal naquela organização.
Depois de na época 2009/2010 ter sido possível organizar um campeonato, taça, super-taça e jogos da selecção da LIMFA em futsal feminino, surgiu um período mais negro fruto do vazio directivo na LIMFA, com surgimento de eleições já tardiamente, o que levou a que as equipas Marcoenses sobreviventes na modalidade de futsal procurassem soluções no concelho vizinho de Penafiel, onde competiram na época 2010/2011.


Para Emanuel Moreira, “existem condições na Nossa Terra para que o futsal vingue no seio da LIMFA, pois só dessa forma é que esta instituição tem futuro, desengane-se quem pensar que o futuro da LIMFA é somente o futebol.” Neste contexto é urgente traçar uma estratégia futura para a modalidade e não esquecer a parte feminina que somente fará abrilhantar muito mais os pavilhões. Por exemplo: é importante que haja gente que se ocupe com o futsal no Concelho, uma maior envolvência por parte da Câmara no que diz respeito À formação quer de árbitros como de treinadores e demais agentes desportivos. Há pessoas que trabalham para o futebol, desalmadamente, também é necessário que surjam com o mesmo empenho para o futsal. Tem de haver uma estrutura sólida para o futsal. É hoje impossível ignorar que o futsal está num plano invejável, senão vejamos, no desporto escolar é de longe a modalidade mais praticada. As outras modalidades juntas não chegam ao futsal. Há pessoas mais antigas, os velhos do Restelo, que se calhar pensam que isto vai tirar gente ao futebol. Mas esse não é o problema. Existem muitos jovens que não saem de casa e do quarto e ficam agarrados às play stations, ou então saem nas noites de sexta e sábado para deambularem de bar em bar ali bem próximos à Sede de todas as decisões, a Câmara Municipal. É necessário investir em condições para que estes saiam de casa por razões saudáveis, para praticarem futsal, futebol ou outra coisa qualquer! Só que há pessoas que não entendem bem isto, porque o futsal não vem tirar espaço ao futebol. Os miúdos hoje não jogam na rua como em tempos remotos. Nas escolas o que é que temos? Temos pavilhões e/ou ringues, campos de futsal. O desporto escolar é futsal, não é futebol. Depois, é tudo uma questão de saber canalizar para uma modalidade ou outra consoante as apetências de cada um. Isso é com eles, ou com os professores ou os pais, desde que estes não lhes imponham as suas próprias vontades e frustrações por objectivos não alcançados na sua juventude. O ideal é que os pais consigam apoiar os filhos e acreditem de forma incondicional no sucesso destes, criando-lhes um ambiente tranquilo, em que se transmita afecto absoluto, independentemente dos resultados por estes alcançados.


Sendo o Concelho do Marco de Canaveses central e possuindo infra-estruturas, meios matérias e humanos ligados ao futsal, é perfeitamente possível agregar na LIMFA campeonatos de futsal com abertura aos concelhos vizinhos de Amarante, Baião e mesmo Penafiel.


Não esqueçamos que o passado é um dia de desempenho no futuro!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Qual o destino dos subsidios atribuidos às associações desportivas?

Ter ouvido, numa entrevista, aos microfones da Rádio Marcoense 93.3fm e publicada no site http://marcodesporto.com/, um dirigente de um clube deste Concelho admitir que “…o clube Marcoense aguarda pelo pagamento de uma tranche do subsídio da Câmara Municipal, para regularizar ordenados em atraso…”, leva-me a voltar abordar um assunto para o qual já escrevi anteriormente.


AFINAL OS SUBSÍDIOS ATRIBUÍDOS ÀS ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS SÃO PARA QUE FINS?

A Constituição da República Portuguesa, na Lei Constitucional refere “Todos têm direito à cultura física e ao desporto”…“Incumbe ao Estado, em colaboração com as escolas e as associações e colectividades desportivas, promover, estimular, orientar e apoiar a prática e a difusão da cultura física e do desporto, bem como prevenir a violência no desporto”. Desta forma, estes dois pontos deverão ser encarados como as linhas mais gerais que devem ser seguidas pelas autarquias, entidade mais local, no âmbito de um correcto desenvolvimento desportivo.
Ainda na Constituição encontramos o título VII que diz “Compete à assembleia da autarquia local o exercício dos poderes atribuídos pela lei, incluindo aprovar as opções do plano e o orçamento” demonstrando aqui a importância da autonomia das autarquias no desenvolvimento adequado de plano de desenvolvimento.
No que diz respeito ao Sistema Desportivo o principal instrumento legislativo é a Lei de Bases do Sistema Desportivo. Nesta pode ler-se “A presente lei estabelece o quadro geral do sistema desportivo e tem por objectivo promover e orientar a generalização da actividade desportiva, como factor cultural indispensável na formação plena da pessoa humana e no desenvolvimento da sociedade.”…“O sistema desportivo, no quadro dos princípios constitucionais, fomenta a prática desportiva para todos, quer na vertente de recreação, quer na de rendimento, em colaboração prioritária com as escolas, atendendo ao seu elevado conteúdo formativo, e ainda em conjugação com as associações, as colectividades desportivas e autarquias locais”.

Pesquisado o Plano Desportivo Municipal vigente na “Nossa Terra”, constata-se;

Objectivos gerais
• Formar um gabinete de desporto dinâmico e multifacetado, com um espaço próprio e junto às suas infra-estruturas de trabalho;
• Criar o Conselho Municipal do Desporto; (JÁ NÃO É OBJECTIVO)
• Definir uma verdadeira politica desportiva para o concelho, elaborando uma carta municipal desportiva, para criar um instrumento de informação que permita definir um plano de desenvolvimento. (JÁ NÃO É OBJECTIVO)
Áreas de Intervenção
Após o levantamento da realidade do Concelho de Marco de Canaveses, no que diz respeito ao Desporto, apresentamos algumas linhas orientadoras para o desenvolvimento do Desporto dentro do Concelho. A intervenção que propomos pressupõe a adopção de estratégias de política desportiva que vão de encontro com factores de desenvolvimento desportivo para o Concelho de Marco de Canaveses. Assim, definimos os seguintes pressupostos gerais de intervenção, que serão a base de toda a planificação:
1. Organização e dinamização do Gabinete de Desporto;
2. Generalização do acesso à pratica Desportiva;
3. Criação de um plano de conservação e reestruturação das infra-estruturas;
4. Cooperação com a sociedade civil;
5. Melhoria da qualidade das actividades desportivas;
4. Cooperação com a sociedade civil
No sistema Desportivo, além da intervenção significativa da administração pública (central e local), operam clubes, colectividades e, nos últimos anos, a própria iniciativa privada. É da conjugação, articulação e harmonia de todos estes intervenientes que será possível atingir níveis superiores de desenvolvimento desportivo local.
Linhas orientadoras:
• Criação de uma politica de subsídios, com base em princípios, critérios e posterior avaliação do desempenho. (PRINCIPIOS E CRITÉRIOS QUE NÃO SÃO DO CONHECIMENTO DA GENERALIDADE DOS MARCOENSES)

AFINAL OS SUBSÍDIOS ATRIBUÍDOS SÃO CANALIZADOS PARA PAGAMENTOS DE ORDENADOS, QUANDO O SEU PRINCIPAL FIM DEVERIA SER PROMOVER, ESTIMULAR, ORIENTAR E APOIAR A PRÁTICA E A DIFUSÃO DA CULTURA FÍSICA E DO DESPORTO, BEM COMO PREVENIR A VIOLÊNCIA NO DESPORTO.